
Ética e estética da violência
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Escola de Humanidades, PUCRS
semestre 2025/2
O curso propõe uma análise crítica das violências estrutural, simbólica, racial, de gênero e epistêmica. A disciplina busca compreender as conexões entre ética, justiça social e estética, integrando teoria, arquivos históricos e práticas ativistas para pensar modos de resistência e possibilidades de transformação estrutural. O seminário, de viés teórico, crítico e participativo, também se volta à problematização da figura da vítima, das políticas do medo e do espetáculo da violência nas mídias contemporâneas. Em colaboração com Renata Guadagnin e Nythamar de Oliveira.

Aspectos da filosofia feminista latinoamericana
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Escola de Humanidades, PUCRS
semestre 2025/1
O curso explora a filosofia feminista latinoamericana da segunda metade do século XX ao século XXI, abordando temas como feminismo decolonial, epistemologias de resistência e justiça social. Ao longo do percurso, visamos compreender as conexões entre ética, justiça social e movimentos sociais, promovendo uma análise crítica das possibilidades de emancipação e transformação estrutural. A proposta articula leituras teóricas com a investigação de práticas ativistas e arquivos históricos. Em colaboração com Renata Guadagnin e Nythamar de Oliveira.

Imagem e legibilidade: para abrir os olhos da história
Programa de Pós-Graduação em Estudos Culturais
Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), USP
semestre 2025/1
O curso estuda aprofundadamente o livro Remontages du temps subi. L’oeil de L’Histoire II, de Georges Didi-Huberman. Pretende-se, a partir dele, desenvolver uma compreensão crítica sobre a relação entre imagem, memória e legibilidade na construção do discurso historiográfico; analisar a utilização de imagens como provas documentais em contextos históricos e jurídicos, especialmente relacionadas ao Holocausto; refletir sobre a ética na representação visual de eventos traumáticos e o papel das imagens na dignificação ou humilhação das vítimas; e explorar o conceito de montagem. Em colaboração com Valéria Cazzeta.

Arquivo colonial: desmontagens e ficções emancipatórias
Associação de Pesquisas e Práticas em Humanidades (APPH)
novembro — dezembro 2024
Este seminário explora a tomada do arquivo histórico visual do Brasil colônia, régio e imperial como matriz de remontagens, trabalhando noções como arqueologia visual, gaio saber e especulação fabulativa. Investigação de ferramentas e metodologias de releitura de arquivos, disparadores de um processo de montagem crítica e de construção emancipada da memória latinoamericana.

Iconologia política: uma educação pelas imagens
Programa de Pós-Graduação em Estudos Culturais
Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), USP
semestre 2024/2
Disciplina dedicada ao estudo aprofundado do livro Imagens apesar de tudo, em que Georges Didi-Huberman analisa quatro fotografias capturadas, em agosto de 1944, por membros do Sonderkommando no campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau ainda em funcionamento. Seguindo o argumento dos dois ensaios, procura-se compreender o procedimento da montagem e da produção da iconologia política. Em colaboração com Valéria Cazzeta.

Da fotografia à política: introdução ao pensamento de Ariella Aïsha Azoulay
Associação de Pesquisas e Práticas em Humanidades (APPH)
agosto — setembro 2024
Curso de curta duração que apresenta os argumentos centrais da proposta teórica de Ariella Aïsha Azoulay, que conecta a prática fotográfica e os modos contemporâneos da cultura visual às práticas políticas. Investiga-se os pontos-chave da ontologia política proposta e problematiza entendimentos tradicionais de cidadania, história e direitos humanos, enfatizando a importância dos processos mundanos que criam mundos e dos processos de violência imperial que criam o passado.

Contra a história imperial: desaprender, reivindicar, reparar
Ubu em curso (Ubu Editora)
maio 2024
Minicurso dedicado a apresentar as propostas do livro História potencial, de Ariella Aïsha Azoulay. Na obra, a autora investiga as consequências de se abordar o imperialismo como uma forma de poder não só político mas também ontológico, que opera através de fotografias, arquivos e museus. As tecnologias e discursos produtores do “passado” dão seguimento a um discurso violento que distribui desigualmente os direitos no mundo imperial. São apresentadas noções como a desaprendizagem do imperialismo, o trabalho das reparações e a condição da mundanidade.

Estudos Visuais Críticos: formas para situar o olhar
Associação de Pesquisas e Práticas em Humanidades (APPH)
abril — maio 2024
Curso de curta duração com o objetivo de apresentar algumas das principais discussões do emergente campo dos estudos críticos de Cultura Visual. Exploramos investigações sobre as práticas do olhar e da produção, circulação e impacto de imagens visuais, objetos, experiências e práticas envolvendo a cultura visual contemporânea. A discussão tem como base o trabalho recente de Anne Lafont, Ariella Aïsha Azoulay, Natalia Brizuela, Rita Segato, Saidiya Hartman e Tina Campt.

Decolonialidade, feminismo e racialização: abordagens críticas para emancipação (Seminário de Teoria Crítica)
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Escola de Humanidades, PUCRS
semestre 2024/1
Seminário focado na apresentação de e no debate sobre teorias críticas feministas e interseccionais. Dando ênfase a abordagens contemporâneas e desenvolvendo críticas antirracistas, queer e decoloniais, o percurso estimula a mobilização dessas perspectivas na análise de fenômenos que permeiam a vida sociopolítica atual. Em colaboração com Camila Barbosa, Renata Guadagnin e Nythamar de Oliveira.

Atlas de imagens
Departamento de Comunicação Visual
Escola de Belas Artes, UFRJ
semestres 2022/1 e 2022/2
Disciplina de caráter teórico-prático focada no desenvolvimento do procedimento do “atlas de imagens”, baseado no Bilderatlas Mnemosyne de Aby Warburg. Apresentando e desenvolvendo o procedimento warburguiano do atlas de imagens, o objeto é compreender a imagem como uma forma de pensamento, e a montagem visual como técnica de produção de sentido. Trabalhamos com imagens a partir do ponto de vista da montagem e do anacronismo, e procuramos problematizar diferentes posicionamentos teóricos adotados diante de materiais visuais. Ao final, está previsto o exercício de criação orientada de uma prancha de imagens.

Teoria do Design II
Departamento de Comunicação Visual
Escola de Belas Artes, UFRJ
semestres 2022/1 e 2022/2
Disciplina dedicada a apresentar e debater as abordagens filosóficas e estéticas contemporâneas do design (concepção e projeto). São abordadas as principais correntes teóricas da disciplina, e investigadas as relações de cada uma com seu contexto político e econômico, com o objetivo de estimular o pensamento crítico a respeito dos cânones da área. São também exploradas noções de linguagem, sintaxe e estilo gráfico.

Monstros nas imagens e literaturas
Associação de Pesquisas e Práticas em Humanidades (APPH)
oferecido em 2021 e 2022
Curso de curta duração que explora, a partir da literatura latino-americana e da história da cultura visual, as maneiras pelas quais as monstruosidades estão presentes nas narrativas de diversas sociedades humanas. A leitura foucaultiana desses corpos híbridos, assustadores e encantadores discute de que maneira vampiros, melusinas, sereias e demônios oferecem figurações sociopolíticas da saúde, do conhecimento e da moral. Em colaboração com Priscilla Campos

Histórias de gente grande para fantasmas: introdução ao pensamento de Aby Warburg
Associação de Pesquisas e Práticas em Humanidades (APPH)
oferecido em 2021 e 2022
Curso de curta duração que oferece uma entrada na obra de Aby Warburg, apontando os principais estudos e criações presentes sem seus trabalhos publicados mais famosos. Incomum historiador da arte e da cultura, foi o criador da Kulturwissenschaftliche Bibliothek e de uma interpretação particular para pensar a influência da Antiguidade pagã nas práticas culturais e artísticas modernas e contemporâneas. Exploramos neste percurso aspectos do Bilderatlas Mnemosyne, seu trabalho sobre a história da arte ocidental, a mitologia ameríndia e a astrologia.

O olho da história: o gaio saber visual de Didi-Huberman
Associação de Pesquisas e Práticas em Humanidades (APPH)
diversas edições em 2021, 2022 e 2024
Curso de curta duração dedicado à série de livros O olho da história de Georges Didi-Huberman, na qual o filósofo destaca o papel da imagem na legibilidade da história e propõe uma “política da imaginação” a partir do arquivo visual, do cinema e da fotografia contemporâneas de Aby Warburg, Bertolt Brecht, Harun Farocki, Sergei Eisenstein, dentre outros. Nessas obras, o pensamento ensaístico do autor é um operador teórico-metodológico aliado a noções como o gaio saber visual, o poder negativo da imagem e imagem dialética.

Como permanecer no dilema: introdução ao pensamento de Didi-Huberman
Associação de Pesquisas e Práticas em Humanidades (APPH)
diversas edições em 2020, 2021, 2022 e 2023
Este curso de curta duração apresenta as propostas teóricas da filosofia de Georges Didi-Huberman através dos seus principais textos, situando-os ao longo de sua trajetória de pesquisa. O percurso apresenta estudos de caso trabalhados pelo autor ao longo das últimas quadro décadas na sua extensa obra, desde as discussões pertinentes à história da arte até o cinema contemporâneo, a escultura e a produção de políticas de imaginação.